A morte da icônica vilã Odete Roitman está programada para o próximo dia 6 de outubro de 2025, durante o remake da novela Vale Tudo transmitida pela TV Globo. A personagem, agora nas mãos da atriz Débora Bloch, será encontrada morta no luxuoso Copacabana Palace após uma visita misteriosa.
Contexto: a novela e o legado da vilã
Originalmente criada por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, a versão de 1988‑89 de Vale Tudo marcou a teledramaturgia brasileira ao introduzir uma vilã que, até hoje, divide opiniões. Interpretada por Beatriz Segall, Odete era a personificação do poder corrupto, o que fez sua morte se tornar um dos momentos televisivos mais comentados da história do país.
O suspense em torno do assassinato original durou apenas 13 dias, mas gerou uma febre nacional: a Nestlé até lançou um concurso premiando quem adivinhasse o assassino. Em 6 de janeiro de 1989, quase toda a população se reuniu em frente à televisão para descobrir que o responsável era Marco Aurélio (Reginaldo Faria).
Remake 2025: data, local e decisão de roteiro
O novo Vale Tudo, desenvolvido por Manuela Dias, estreou em 31 de março de 2025 e registra 24,3 pontos de audiência no Ibope, número que supera a média dos dramas da manhã. A trama conta com um elenco estrelado – Taís Araújo, Cauã Reymond, Alexandre Nero e, claro, Débora Bloch no papel de Odete.
Segundo o cronograma oficial da emissora, o corpo será encontrado no episódio de terça‑feira, 7 de outubro, mas a cena do assassinato acontece já na segunda‑feira, 6 de outubro, às 21h15, direto do apartamento de Odete no Copacabana Palace. A visita misteriosa será feita por um personagem ainda não revelado, interpretado por Pedro Waddington, recém‑chegado à teledramaturgia.
O que mudou na morte da vilã?
Na versão original, Odete foi surpreendida por tiros disparados à queima‑roupa durante uma discussão acalorada com Marco Aurélio. No remake, a produção optou por uma abordagem mais psicológica: a vilã receberá um convite inesperado, abrirá a porta e será atingida por um golpe mortal que deixará poucas pistas. A decisão de transformar o assassinato em um “mistério de quarto fechado” visa ressuscitar o clima de suspense que cativou o Brasil nos anos 80, mas com a linguagem visual de 2025.
Além disso, o roteiro incluiu um elemento de crítica social contemporânea – a trama traz referência ao luxo desigual ao mostrar o Copacabana Palace como cenário da morte, contrastando com o cotidiano dos personagens de classe média que vivem na periferia da cidade.
Reações de elenco, críticos e público
Em entrevista exclusiva, Débora Bloch revelou: "É um privilégio reviver Odete, mas também uma responsabilidade enorme. Quero que o público sinta o choque que a personagem sempre provocou." Já Taís Araújo destacou que a morte de Odete cria um ponto de virada para a narrativa: "A partir daí, todas as alianças vão se desfazer, e a trama ganha novo fôlego."
Críticos de primeira hora já apontam que a escolha de fazer a morte acontecer em um hotel de alto padrão pode dividir a audiência – alguns podem achar excessivamente dramático, enquanto outros celebram a ousadia. Nas redes sociais, trending tags como #AdeusOdete e #ValeTudo2025 bombearam logo após a divulgação do cronograma.
Impacto cultural e expectativas para o futuro
Odete Roitman se tornou um símbolo da vilania feminina na TV brasileira. Sua morte, tanto na versão original quanto no remake, tende a gerar debates sobre poder, moralidade e representação feminina. Especialistas em mídia, como a professora Mariana Buarque da USP, afirmam que "o retorno de Odete pode servir de barômetro para medir como o Brasil encara a figura da mulher ambiciosa em uma época de discussões sobre igualdade de gênero".
Para a TV Globo, o início da segunda fase de Vale Tudo – com a revelação do assassino – representa uma oportunidade de reforçar a liderança da emissora no horário nobre. A rede projeta que a audiência ultrapasse 25 pontos nos episódios finais, número que colocaria a novela entre as maiores da década.
Fatos chave
- Data da morte de Odete Roitman: 6 de outubro de 2025.
- Local: apartamento no Copacabana Palace.
- Elenco principal: Débora Bloch, Taís Araújo, Cauã Reymond, Alexandre Nero.
- Desenvolvedora: Manuela Dias.
- Audiência de estreia: 24,3 pontos no Ibope.
Perguntas Frequentes
Por que a morte de Odete Roitman foi mantida como mistério?
Manuela Dias acredita que o suspense é a essência da trama original. Manter o assassino desconhecido até o final gera engajamento nas redes e faz o público especular, aumentando a audiência nos episódios críticos.
Quem interpreta o novo suspeito que visita Odete?
O papel foi dado a Pedro Waddington, que entra na trama como neto de Odete. Seu personagem ainda não tem nome divulgado, mas promete ser decisivo para o desfecho.
Qual a diferença principal entre as mortes nas duas versões?
Em 1988 a vilã foi assassinada a tiros durante um confronto verbal; no remake, a morte ocorre de forma silenciosa, após uma visita inesperada, enfatizando o clima de thriller psicológico.
Como a novela está performando nas audiências?
Desde a estreia, Vale Tudo tem se mantido acima de 24 pontos, superando a média dos dramas da manhã. A expectativa é que a revelação da morte empurre os números para mais de 25 pontos nos episódios finais.
Qual o legado cultural de Odete Roitman no Brasil?
Odete tornou‑se sinônimo de vilã poderosa e manipuladora. Sua morte marcou a história da TV e ainda serve como referência em discussões sobre representação feminina e poder econômico nos capítulos de novela.
edson rufino de souza
outubro 6, 2025 AT 19:10Não se engane, a Globo está usando a morte de Odete como um experimento de controle mental. Cada detalhe, desde o Copacabana Palace até o relógio marcando 21h15, foi calibrado para gerar ansiedade coletiva. Eles sabem que o público ainda tem memória da década de 80 e vão explorar esse trauma para vender mais anúncios. Enquanto isso, atores como Pedro Waddington são tratados como peças de um tabuleiro invisível. A verdadeira pergunta é quem paga a conta desse espetáculo.
Bruna Boo
outubro 8, 2025 AT 12:50#AdeusOdete, drama barato da TV.
Ademir Diniz
outubro 10, 2025 AT 06:30Vamo combinar que a Débora Bloch tem um papel massa, mas a trama ainda tá meio confusa. O suspense no hotel pode ser legal, mas falta conexão com o cotidiano da gente. Se eles conseguerem ligar as pontas, vai ser top.
Se não, é só mais um furo de roteiro.
Savaughn Vasconcelos
outubro 12, 2025 AT 00:10Ao revisitar Odete Roitman, a narrativa nos convida a refletir sobre a persistência de estruturas de poder na sociedade contemporânea. A escolha do Copacabana Palace como cenário simbólico não é aleatória; trata‑se de um monumento à elite que historicamente se beneficia das desigualdades. Ao mesmo tempo, a novela preserva a tradição do “quarto fechado”, reforçando a ideia de que o crime pode ser analisado como um microcosmo de conflitos mais amplos. Cada personagem que circula ao redor da vítima representa um aspecto da dinâmica de classe – o ambicioso executivo, a socialite vazia, o operário invisível que sustenta o luxo. A presença do neto de Odete, ainda não revelado, sugere que a herança de poder pode se manifestar de formas inesperadas e até mesmo violentas.
Quando consideramos a evolução da mídia televisiva, percebemos que o suspense agora incorpora técnicas de storytelling visualmente avançadas, mas ainda depende da mesma tensão psicológica que cativou o público nos anos 80. Essa continuidade indica que, apesar das inovações tecnológicas, os fundamentos da narrativa humana permanecem invariáveis.
Contudo, a crítica social implícita na obra destaca a dicotomia entre a ostentação do luxo e a realidade marginalizada das classes populares. Ao colocar a morte de Odete em um local tão emblemático, a produção força o espectador a confrontar a disparidade econômica que permeia o cenário urbano.
É interessante observar que o ataque silencioso, diferentemente da explosão de tiros da versão original, simboliza talvez a sutileza dos novos modos de opressão – não mais visíveis, mas ainda letais. Em termos filosóficos, isso remete à teoria de Michel Foucault sobre o poder disciplinar que se infiltra nos corpos e na mente.
Portanto, a trama não é apenas um entretenimento, mas uma lente para examinar como a cultura popular reflete e reforça estruturas de dominação. Cada pista deixada na cena do crime funciona como um fragmento de discurso que podemos decifrar. Ao final, a revelação do assassino não será só um desfecho narrativo, mas um ponto de partida para discutir quem realmente controla os bastidores da sociedade.
Rafaela Antunes
outubro 13, 2025 AT 17:50Olha, acho q a globo tá pagando muito pra fazer desse drama um evento, mas a verdade é q o público já tá cansado de repetir a mesma ladainha da vilã perniciosa. Tenta inovar, vida!
Marcus S.
outubro 15, 2025 AT 11:30É misterioso observar como a encenação de Odete Roitman põe em foco a dialética entre o poder institucional e a moral individual. Ao analisar a escolha estética da produção, nota‑se uma intencionalidade clássica que remete aos paradoxos kantianos, onde o bem e o mal se entrelaçam em um mesmo ato. Todavia, não podemos olvidar que a manipulação midiática tem alcances que transcendam o mero entretenimento, configurando‑se como ferramenta de hegemonia cultural. Assim, a morte da personagem funciona como um ponto de inflexão que convida à reflexão profunda sobre a natureza da justiça dentro de uma sociedade de consumo.
João Paulo Jota
outubro 17, 2025 AT 05:10Ah claro, porque nada diz patriotismo como assistir drama de novela enquanto o país afunda, né?
vinicius alves
outubro 18, 2025 AT 22:50Essa história tá cheia de hype, mas a real é que a trama usa aquela vibe de thriller corporativo sem entregar nada de substância. É tipo um workshop de buzzwords: “luxo desigual”, “suspense psicológico”, “engajamento”. No fim, só tem efeito de fumaça.
Lucas Santos
outubro 20, 2025 AT 16:30Concordo plenamente com a análise apresentada. A retomada de Odete Roitman representa, sem dúvida, um marco significativo na narrativa televisiva contemporânea. 😊
Larissa Roviezzo
outubro 22, 2025 AT 10:10Olha só que coisa, a gente fala de “luxo desigual” e fica aqui maratonando novela que só reforça a desigualdade na telinha, absurdoooooooo