O presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro com uma iniciativa audaciosa: a criação da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. No dia 18 de novembro de 2024, dia do evento, o líder brasileiro apresentou este projeto à comunidade internacional, sublinhando a necessidade urgente de agir em prol de sociedades mais prósperas e pacíficas. Com o apoio de 148 membros fundadores, incluindo 82 países, a União Africana, a União Europeia e 24 organizações internacionais, a aliança tem como meta a erradicação da fome e da pobreza até 2030.
Lula destacou a importância do combate à fome e pobreza, citando a experiência bem-sucedida do Brasil com os programas Fome Zero e Bolsa Família, que ele mesmo lançou durante seu primeiro mandato, entre 2003 e 2010. Estes programas servem como exemplos de como medidas coordenadas e políticas públicas podem impactar positivamente uma nação, e agora as lições aprendidas serão aplicadas em uma escala global.
A estrutura da Aliança é composta por três pilares centrais: Nacional, Financeiro e do Conhecimento. O pilar Nacional foca na coordenação de políticas públicas específicas para garantir uma implementação eficaz em cada país participante. O pilar Financeiro busca mobilizar recursos em larga escala, crucial para a sustentabilidade e sucesso da iniciativa. Por último, o pilar do Conhecimento integra dados e tecnologias modernas para desenvolver soluções baseadas em evidências, garantindo que as ações sejam não apenas bem-intencionadas, mas também eficazes e mensuráveis.
A aliança funcionará como uma plataforma independente, com sede técnica na Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), mas com autonomia funcional. O Brasil comprometeu-se a financiar 50% dos custos operacionais até 2030, reforçando seu papel de liderança e dedicação à causa. Outros países, como Alemanha, Noruega, Portugal e Espanha, também se comprometeram a contribuir financeiramente para a causa.
Durante o anúncio, foram revelados compromissos significativos, como o alcance de 500 milhões de pessoas através de programas de distribuição de renda até 2030 e a expansão das merendas escolares para 150 milhões de crianças em países com altos índices de fome infantil. Além disso, Lula destacou a importância de mobilizar bilhões de dólares através de bancos multilaterais para implementar programas eficazes contra a pobreza.
A adesão da Argentina à aliança foi confirmada pouco antes do lançamento oficial, superando objeções iniciais sobre questões como igualdade de gênero e tributação de grandes fortunas. Por outro lado, o Qatar foi o único país membro do G20 que optou por não participar da aliança.
A estrutura completa da Aliança será formalizada até meados de 2025 e contará com o apoio incondicional do Brasil. A adesão à aliança permanece aberta e é formalizada por meio de uma Declaração de Compromisso, na qual cada membro especifica suas ações concretas. Esta abertura visa incluir um número crescente de nações, ampliando ainda mais o impacto global desta iniciativa ambiciosa.
Este lançamento marca um passo significativo em direção a um futuro onde fome e pobreza possam ser problemas relegados ao passado e reafirma o compromisso do presidente Lula em transformar o mundo em um lugar mais igualitário e justo. A Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza promete ser não apenas uma iniciativa de políticas públicas, mas uma declaração global de intenção para moldar um futuro mais brilhante para gerações vindouras.