Alanis Guillen mudou radicalmente seu visual para a segunda temporada de Vermelho Sangue, a série de fantasia negra da Globoplay que estreia em 2026. A atriz, que interpreta Flora — uma jovem humana envolvida em um mundo de lobisomens, vampiros e segredos ancestrais — agora aparece com cabelos negros e mechas vermelhas, roupas mais escuras e uma aura de mistério que sinaliza uma virada sombria no arco da personagem. As imagens antes e depois, clicadas pelo fotógrafo Paulo Belote para a Globo, foram divulgadas em 30 de outubro de 2025 pela Gshow, logo após a conclusão da primeira temporada, que já foi maratonada por milhões de espectadores.
Uma transformação que vai além do visual
A mudança na aparência de Flora não é apenas estética — é narrativa. Na primeira temporada, Flora era quase ingênua, uma jovem que sonhava em pertencer ao mundo sobrenatural que a cercava. Agora, com o cabelo cortado curto, as mechas vermelhas como sangue seco e roupas de couro e veludo, ela parece alguém que já viu demais, que já pagou um preço. "Ela não é mais a observadora. Ela se tornou parte do caos", disse a diretora artística Patricia Pedrosa em entrevista exclusiva. A produção quer que o público sinta o peso das escolhas de Flora, especialmente depois que ela descobriu que seus sentimentos por Luna — interpretada por Letícia Vieira — têm consequências místicas.O mundo de Guarambá e o simbolismo do lobo-guará
A série se passa em Guarambá, uma cidade fictícia no Cerrado Mineiro, em Minas Gerais, onde a natureza e o sobrenatural se entrelaçam. O lobo-guará, símbolo oficial da região, não é apenas um elemento decorativo — é um guardião espiritual. Na trama, ele aparece em sonhos, em pinturas rupestres e, segundo rumores não confirmados, como uma figura que observa os protagonistas em momentos cruciais. O cenário realista do Cerrado — com seus cerrados, rios secos e clima árido — dá uma credibilidade inédita ao fantástico. "É como se o Brasil tivesse finalmente criado seu próprio tipo de conto de fadas sombrio", comentou a crítica de TV Maria Fernanda Alves em seu blog, referindo-se à série como "a Game of Thrones do interior mineiro".
Os personagens e os custos dos seus sonhos
A segunda temporada promete explorar os limites entre amor, sacrifício e identidade. Luna, a lobimoça que se transforma fora da lua cheia, está cada vez mais perto da perda de controle. Flora, por sua vez, descobriu que sua conexão com Luna não é apenas emocional — é mágica. "Elas não estão se apaixonando. Estão se infectando", disse o roteirista Bruno Ribeiro. O termo "infecção" foi usado propositalmente: o desejo de Flora de ser como Luna está desencadeando mutações em seu corpo, e vice-versa.Ao lado delas, Pedro Alves como Michel, um vampiro que já viveu séculos e agora se vê preso em um amor impossível, e Laura Dutra como Celina, cuja lealdade à família está sendo testada por segredos que envolvem o laboratório onde trabalha a mãe de Luna, Heloísa Jorge. Ainda há a volta de Bete Mendes como a avó de Flora — uma mulher que sabe mais sobre a origem dos lobisomens do que jamais admitiu.
Produção e contexto de lançamento
A série é um dos maiores investimentos da Globoplay em conteúdo original para 2025-2026. O lançamento da primeira temporada, em 2 de outubro de 2025, ocorreu no evento "Baile Globoplay - Temporada do Medo", no Estúdio Globo, no Rio de Janeiro, onde Alanis Guillen usou um vestido com fitas vermelhas que lembravam sangue — um sinal precoce da transformação que viria. A produção é uma parceria entre a Globoplay e os Estúdios Globo, com roteiros assinados por Claudia Sardinha e Rosane Svartman, que também criaram a série.Ao todo, foram investidos R$ 28 milhões na segunda temporada — quase o dobro da primeira. A equipe de efeitos especiais triplicou de tamanho, e as cenas noturnas foram filmadas em locações reais do Cerrado Mineiro, como o Parque Nacional da Serra da Canastra, para garantir autenticidade. "Não queremos que o público veja um cenário de filme. Queremos que ele sinta que poderia estar ali, naquele caminho de terra, com o lobo-guará observando da mata", explicou o diretor de fotografia Paulo Belote.
O que vem a seguir?
A estreia da segunda temporada está marcada para o primeiro semestre de 2026, mas já circulam rumores de que a série pode se expandir para uma terceira temporada, com a introdução de uma antiga tribo de curandeiras que vivem nas cavernas do Cerrado. Além disso, há especulações de que a empresa farmacêutica que financia a pesquisa de Luna pode ter vínculos com um grupo secreto que busca dominar a transformação lobisomem para fins militares.Enquanto isso, os fãs devem ficar atentos: o teaser da nova temporada, lançado na mesma data do anúncio do visual de Flora, termina com um close no olho de uma mulher — que não é nem Luna, nem Flora. E o lobo-guará está atrás dela.
Frequently Asked Questions
Por que a mudança visual de Flora é tão importante para a trama?
A transformação física de Flora reflete sua jornada interna: ela deixou de ser uma espectadora para se tornar parte ativa do mundo sobrenatural. As mechas vermelhas simbolizam o sangue que ela agora compartilha com Luna, e as roupas escuras indicam que ela aceitou o custo de sua escolha — e que pode não haver volta. Essa mudança é um ponto de virada narrativo, não apenas estético.
Qual é o papel do lobo-guará na série?
O lobo-guará não é apenas um símbolo regional — ele é um guardião espiritual que testa os protagonistas. Em momentos de crise, ele aparece como uma sombra, um olhar ou um uivo distante. A produção sugere que ele representa a conexão entre a natureza e o sobrenatural, e que pode ser o único ser capaz de interromper a corrupção mágica que se espalha entre Luna e Flora.
Como a primeira temporada foi recebida pelo público?
A primeira temporada foi um sucesso de audiência, com mais de 8,7 milhões de visualizações nos primeiros 30 dias. Foi a série original mais assistida da Globoplay em 2025, superando até produções internacionais. Críticos elogiaram a autenticidade cultural e a representação de mulheres fortes, especialmente a dinâmica entre Luna e Flora, que foi comparada a clássicos como "True Blood" e "The Vampire Diaries", mas com raízes profundamente brasileiras.
Quem é Bete Mendes e qual seu papel na nova temporada?
Bete Mendes retorna como a avó de Flora, uma mulher de 80 anos que guarda segredos sobre a origem da linhagem de lobisomens na família. Ela é a chave para entender por que Flora, uma humana, tem conexões tão profundas com o mundo sobrenatural. Sua chegada promete revelar que o sangue de Flora não é apenas um desejo — é um legado.
A série tem conexão com "Reencarne"?
Oficialmente, não. Mas os dois títulos foram lançados juntos no "Baile Globoplay - Temporada do Medo", e há easter eggs sutis: um símbolo em uma parede em "Vermelho Sangue" aparece em um quadro em "Reencarne". Fãs especulam que ambas as séries pertencem ao mesmo universo, com diferentes camadas de mitologia brasileira. A produção ainda não confirmou nem negou.
Por que a produção escolheu o Cerrado Mineiro como cenário?
O Cerrado é o bioma menos explorado no cinema e na TV brasileira, apesar de ser o segundo maior do país. A equipe queria romper com o clichê de histórias de terror em florestas tropicais ou cidades costeiras. O Cerrado, com seu clima seco, sua geografia única e sua rica cultura popular, oferece um cenário mais autêntico e visualmente impactante — e que ainda é profundamente desconhecido para a maioria dos brasileiros.