Alanis Guillen adota visual mais sombrio para segunda temporada de Vermelho Sangue

Alanis Guillen adota visual mais sombrio para segunda temporada de Vermelho Sangue
por Kallman Cipriano out, 30 2025

Alanis Guillen mudou radicalmente seu visual para a segunda temporada de Vermelho Sangue, a série de fantasia negra da Globoplay que estreia em 2026. A atriz, que interpreta Flora — uma jovem humana envolvida em um mundo de lobisomens, vampiros e segredos ancestrais — agora aparece com cabelos negros e mechas vermelhas, roupas mais escuras e uma aura de mistério que sinaliza uma virada sombria no arco da personagem. As imagens antes e depois, clicadas pelo fotógrafo Paulo Belote para a Globo, foram divulgadas em 30 de outubro de 2025 pela Gshow, logo após a conclusão da primeira temporada, que já foi maratonada por milhões de espectadores.

Uma transformação que vai além do visual

A mudança na aparência de Flora não é apenas estética — é narrativa. Na primeira temporada, Flora era quase ingênua, uma jovem que sonhava em pertencer ao mundo sobrenatural que a cercava. Agora, com o cabelo cortado curto, as mechas vermelhas como sangue seco e roupas de couro e veludo, ela parece alguém que já viu demais, que já pagou um preço. "Ela não é mais a observadora. Ela se tornou parte do caos", disse a diretora artística Patricia Pedrosa em entrevista exclusiva. A produção quer que o público sinta o peso das escolhas de Flora, especialmente depois que ela descobriu que seus sentimentos por Luna — interpretada por Letícia Vieira — têm consequências místicas.

O mundo de Guarambá e o simbolismo do lobo-guará

A série se passa em Guarambá, uma cidade fictícia no Cerrado Mineiro, em Minas Gerais, onde a natureza e o sobrenatural se entrelaçam. O lobo-guará, símbolo oficial da região, não é apenas um elemento decorativo — é um guardião espiritual. Na trama, ele aparece em sonhos, em pinturas rupestres e, segundo rumores não confirmados, como uma figura que observa os protagonistas em momentos cruciais. O cenário realista do Cerrado — com seus cerrados, rios secos e clima árido — dá uma credibilidade inédita ao fantástico. "É como se o Brasil tivesse finalmente criado seu próprio tipo de conto de fadas sombrio", comentou a crítica de TV Maria Fernanda Alves em seu blog, referindo-se à série como "a Game of Thrones do interior mineiro". Os personagens e os custos dos seus sonhos

Os personagens e os custos dos seus sonhos

A segunda temporada promete explorar os limites entre amor, sacrifício e identidade. Luna, a lobimoça que se transforma fora da lua cheia, está cada vez mais perto da perda de controle. Flora, por sua vez, descobriu que sua conexão com Luna não é apenas emocional — é mágica. "Elas não estão se apaixonando. Estão se infectando", disse o roteirista Bruno Ribeiro. O termo "infecção" foi usado propositalmente: o desejo de Flora de ser como Luna está desencadeando mutações em seu corpo, e vice-versa.

Ao lado delas, Pedro Alves como Michel, um vampiro que já viveu séculos e agora se vê preso em um amor impossível, e Laura Dutra como Celina, cuja lealdade à família está sendo testada por segredos que envolvem o laboratório onde trabalha a mãe de Luna, Heloísa Jorge. Ainda há a volta de Bete Mendes como a avó de Flora — uma mulher que sabe mais sobre a origem dos lobisomens do que jamais admitiu.

Produção e contexto de lançamento

A série é um dos maiores investimentos da Globoplay em conteúdo original para 2025-2026. O lançamento da primeira temporada, em 2 de outubro de 2025, ocorreu no evento "Baile Globoplay - Temporada do Medo", no Estúdio Globo, no Rio de Janeiro, onde Alanis Guillen usou um vestido com fitas vermelhas que lembravam sangue — um sinal precoce da transformação que viria. A produção é uma parceria entre a Globoplay e os Estúdios Globo, com roteiros assinados por Claudia Sardinha e Rosane Svartman, que também criaram a série.

Ao todo, foram investidos R$ 28 milhões na segunda temporada — quase o dobro da primeira. A equipe de efeitos especiais triplicou de tamanho, e as cenas noturnas foram filmadas em locações reais do Cerrado Mineiro, como o Parque Nacional da Serra da Canastra, para garantir autenticidade. "Não queremos que o público veja um cenário de filme. Queremos que ele sinta que poderia estar ali, naquele caminho de terra, com o lobo-guará observando da mata", explicou o diretor de fotografia Paulo Belote.

O que vem a seguir?

O que vem a seguir?

A estreia da segunda temporada está marcada para o primeiro semestre de 2026, mas já circulam rumores de que a série pode se expandir para uma terceira temporada, com a introdução de uma antiga tribo de curandeiras que vivem nas cavernas do Cerrado. Além disso, há especulações de que a empresa farmacêutica que financia a pesquisa de Luna pode ter vínculos com um grupo secreto que busca dominar a transformação lobisomem para fins militares.

Enquanto isso, os fãs devem ficar atentos: o teaser da nova temporada, lançado na mesma data do anúncio do visual de Flora, termina com um close no olho de uma mulher — que não é nem Luna, nem Flora. E o lobo-guará está atrás dela.

Frequently Asked Questions

Por que a mudança visual de Flora é tão importante para a trama?

A transformação física de Flora reflete sua jornada interna: ela deixou de ser uma espectadora para se tornar parte ativa do mundo sobrenatural. As mechas vermelhas simbolizam o sangue que ela agora compartilha com Luna, e as roupas escuras indicam que ela aceitou o custo de sua escolha — e que pode não haver volta. Essa mudança é um ponto de virada narrativo, não apenas estético.

Qual é o papel do lobo-guará na série?

O lobo-guará não é apenas um símbolo regional — ele é um guardião espiritual que testa os protagonistas. Em momentos de crise, ele aparece como uma sombra, um olhar ou um uivo distante. A produção sugere que ele representa a conexão entre a natureza e o sobrenatural, e que pode ser o único ser capaz de interromper a corrupção mágica que se espalha entre Luna e Flora.

Como a primeira temporada foi recebida pelo público?

A primeira temporada foi um sucesso de audiência, com mais de 8,7 milhões de visualizações nos primeiros 30 dias. Foi a série original mais assistida da Globoplay em 2025, superando até produções internacionais. Críticos elogiaram a autenticidade cultural e a representação de mulheres fortes, especialmente a dinâmica entre Luna e Flora, que foi comparada a clássicos como "True Blood" e "The Vampire Diaries", mas com raízes profundamente brasileiras.

Quem é Bete Mendes e qual seu papel na nova temporada?

Bete Mendes retorna como a avó de Flora, uma mulher de 80 anos que guarda segredos sobre a origem da linhagem de lobisomens na família. Ela é a chave para entender por que Flora, uma humana, tem conexões tão profundas com o mundo sobrenatural. Sua chegada promete revelar que o sangue de Flora não é apenas um desejo — é um legado.

A série tem conexão com "Reencarne"?

Oficialmente, não. Mas os dois títulos foram lançados juntos no "Baile Globoplay - Temporada do Medo", e há easter eggs sutis: um símbolo em uma parede em "Vermelho Sangue" aparece em um quadro em "Reencarne". Fãs especulam que ambas as séries pertencem ao mesmo universo, com diferentes camadas de mitologia brasileira. A produção ainda não confirmou nem negou.

Por que a produção escolheu o Cerrado Mineiro como cenário?

O Cerrado é o bioma menos explorado no cinema e na TV brasileira, apesar de ser o segundo maior do país. A equipe queria romper com o clichê de histórias de terror em florestas tropicais ou cidades costeiras. O Cerrado, com seu clima seco, sua geografia única e sua rica cultura popular, oferece um cenário mais autêntico e visualmente impactante — e que ainda é profundamente desconhecido para a maioria dos brasileiros.