Hamas liberta 20 reféns israelenses após acordo mediado por Donald Trump

Hamas liberta 20 reféns israelenses após acordo mediado por Donald Trump
por Kallman Cipriano out, 14 2025

Quando Donald John Trump, presidente dos Estados Unidos chegou ao Oriente Médio na manhã de 13 de outubro de 2025, Hamas já havia libertado os últimos 20 reféns israelenses ainda vivos, selando um acordo que o mundo assistiu com um misto de alívio e ceticismo.

A operação aconteceu às 11h54 (UTC) na base militar de Reim, situada perto da fronteira de Gaza, no sul de Israel. Um helicóptero Bell 212 da Israel Defense Forces transportou os civis para o Hospital Sheba, em Ramat Gan, enquanto Israel se preparava a liberar um contingente de prisioneiros palestinos.

Contexto do conflito

O cerco começou em 7 de outubro de 2023, quando Yahya Sinwar, chefe do Bureau Político do Hamas, ordenou a invasão que resultou em mais de 250 pessoas sequestradas. Desde então, a região viveu 427 dias de combates contínuos, com estimativas da ONU apontando 1.195 mortos em Israel e mais de 38 mil mortos em Gaza. A pressão internacional se intensificou, culminando no chamado "Cairo Framework for Sustainable Peace in GazaCairo, Egito" firmado em 6 de outubro.

O acordo previu a libertação de todos os reféns sobreviventes até as 18h (IDT) de 13/10, em troca de um calendário de soltura de prisioneiros palestinos: 20 por dia, durante 30 dias, totalizando 600 pessoas.

Detalhes da libertação dos reféns

Os 20 israelenses, cujas identidades não foram divulgadas oficialmente, foram submetidos a avaliações médicas imediatas ao chegar ao hospital Sheba. Vídeos mostraram o helicóptero decolando da base de Reim, enquanto equipes de apoio carregavam macas e equipamentos.

  • Horário de partida: 11h54 UTC (13/10/2025).
  • Destino: Hospital Sheba, Ramat Gan.
  • Quantidade de prisioneiros palestinos liberados por Israel: 20, distribuídos entre a prisão Ofer (15) e a prisão Shikma (5).
  • Próximas trocas previstas: 20 presos por dia, até 12 de novembro.

Segundo fontes militares, a troca ocorreu sem incidentes, mas a logística foi complexa: o ponto de passagem entre Hamas e Israel foi o posto de controle de Kerem Shalom, coordenado por equipes de ambos os lados.

Reação dos líderes e da comunidade internacional

Reação dos líderes e da comunidade internacional

Benjamin Netanyahu, primeiro‑ministro de Israel, declarou que a libertação "marca um passo decisivo rumo à paz, embora ainda haja muito a ser feito". Em entrevista ao canal da TV local, acrescentou que o governo continuará pressionando por garantias de segurança antes de avançar com as próximas liberações.

Do lado palestino, Sinwar afirmou que "cumprimos nossa parte do acordo e esperamos que Israel honre o calendário estabelecido". Ele enfatizou que a libertação dos prisioneiros é crucial para a coesão interna do Hamas.

Nos Estados‑Unidos, Trump repetiu a frase que fez manchete em 6 de outubro: "A guerra acabou". Em discurso no Aeroporto Internacional Ben Gurion, o presidente destacou que sua visita "mostra o poder da diplomacia direta".

A União Europeia e a ONU saudaram o gesto, mas alertaram que "a paz duradoura depende de negociações abrangentes sobre questões territoriais, segurança e reconstrução".

Impactos e análises de especialistas

Especialistas em segurança afirmam que a troca de reféns pode reduzir a pressão psicológica sobre as famílias israelenses, mas o risco de retaliações persiste. O analista do Instituto Brookings, Carlos Mendes, observou que "a liberação dos reféns cria espaço para negociações, porém não elimina a desconfiança histórica".

Economistas avisam que a continuidade do conflito já devastou a infraestrutura de Gaza, estimada em US$ 22,7 bilhões de danos. A liberação dos presos pode abrir margem para projetos de reconstrução, desde que haja financiamento internacional.

Do ponto de vista humanitário, organizações como a Cruz Vermelha preveem que a libertação dos prisioneiros palestinos ajudará a aliviar a superlotação de detentos nas prisões da Cisjordânia e de Gaza.

Próximos passos nas negociações de paz

Próximos passos nas negociações de paz

Na manhã seguinte, 14 de outubro, representantes israelenses e do Hamas se reunirão no Hotel King David, em Jerusalém, para discutir os termos de um cessar‑fogo permanente. As pautas incluem a definição de linhas de fronteira, o futuro da cidade de Gaza e garantias de segurança para ambos os lados.

Enquanto isso, Trump permanecerá na região até o fim da semana, participando de encontros bilaterais e de uma conferência de imprensa ao final da visita. O mundo observa se esse impulso diplomático será suficiente para transformar o cessar‑fogo em um acordo de paz duradouro.

Perguntas Frequentes

Como a libertação dos 20 reféns afeta as famílias israelenses?

As famílias recebem alívio imediato ao saber que seus entes queridos estão vivos e em tratamento médico. O retorno dos reféns também reduz a pressão sobre o governo para acelerar acordos de troca, embora ainda enfrentem a dor de perdas anteriores.

Quantos prisioneiros palestinos Israel se comprometeu a liberar?

O acordo prevê a libertação de 20 presos por dia, totalizando 600 até 12 de novembro de 2025. Até o momento, 20 já foram soltos, incluindo 15 da prisão Ofer e 5 da prisão Shikma.

Qual foi o papel dos Estados‑Unidos na mediação?

O presidente Donald Trump liderou as negociações que culminaram no cessar‑fogo de 6 de outubro e na libertação dos reféns. Sua visita relâmpago à região foi vista como um esforço para consolidar o acordo e demonstrar apoio ao processo de paz.

O que vem a seguir nas negociações entre Israel e Hamas?

As partes se encontrarão no Hotel King David, em Jerusalém, no dia 14 de outubro para discutir um cessar‑fogo permanente, fronteiras, reconstrução de Gaza e garantias de segurança. O sucesso dependerá da implementação do calendário de trocas e da confiança mútua.

Quais são os riscos de uma recaída no conflito?

Analistas alertam que facções radicais podem tentar sabotar o acordo, e que a situação humanitária ainda é tensa. Qualquer violação do cessar‑fogo ou atraso nas liberações pode reacender hostilidades.

1 Comment

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    Flávia Teixeira

    outubro 14, 2025 AT 00:32

    Que alívio ver esses 20 reféns saudáveis de volta, vamos torcer por mais progresso! 😊

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